quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Soneto do Desesperado


Bramando no silêncio da madruga
eu pranteio sozinho a solidão,
esperneia a minha alma de aflição
e o coração implora que quer fuga.

Incomplacente, nasce muita ruga
e muitas cãs em plena escuridão,
onde meus pensamentos vêm e vão,
procurando fugir de quem me suga.

A Ansiedade insana é a grande mestra
que se intitula a dona desta orquestra
que só toca a tristonha sinfonia.

E eu me embalo no cântico da morte
que não tem caridade e nem suporte,
nem sequer o raiar de um novo dia.


07/09/2012 5h47

domingo, 2 de setembro de 2012

Rogo




A minha alma se apresenta para ti
com carinho afetuoso e sentimento
desejando, co' esperança em todo o tempo,
a ternura que ilumina a minha vida.

A minha alma te deseja sempre aqui
afagando em pleno gozo ou no lamento,
quando a lua brilha assaz no firmamento,
anelando que não haja despedida.

Em silêncio, ela vigora um brado forte:
Não se vá minha querida para o norte,
para o sul ou qualquer canto que tu fores!

Pois sem ti não tenho mais a vida plena!
Morrerei de uma pungência nada amena,
pranteando para sempre os teus amores.

02/09/2012 13h53