segunda-feira, 28 de maio de 2012

Reflexão de Um Velho


A juventude passageira desta vida
Embalsamada na memória deste velho,
Procriação de perda, palma, despedida...
É minha bíblia e o que me traz tal evangelho.

Meu olho fosco não me enxerga neste espelho,
Mas eu me vejo claramente à velha lida,
Onde a fraqueza não tomava o rapazelho
Ao qual julgava nunca ter a alma abatida.

Sofreguidão, abatimento... É o meu estado!
Sabedoria? Tem um quê de palmatória;
Porque ganhei com muito tempo acumulado.

E olhando agora o tempo atrás da minha história
O que eu ganhei não me parece apreciado
Por mais perder do que ganhar muita vitória.

27/07/2012

3 comentários:

  1. Achei interessante a visão amarga do eu lírico do poema... e mais enigmática a data!!!

    O 4º verso da 1ª estrofe ficou interessante!

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  2. Depressivo. Eu gosto!
    Sete

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