Talvez
a mente dela estava muito aberta naquele dia, por imaginar o que viria à noite;
talvez o desejo estivesse aflorando mais do que o normal, por causa do sentimento
que tinha por mim. Sempre sonhou em ter paixão. Daquelas paixões
avassaladoras... E, finalmente, depois de anos de amargura isso estava
acontecendo. Seu desejo era enorme e, teimosa do jeito que era, faria de tudo
para realizá-lo. Felizmente eu era o felizardo da vez e nem sabia.
Enquanto subíamos a escadaria do
motel eu via aquelas ancas enormes e as pernas grossas, brancas como a flor de
lis, voluptuosas assaz. A cada passo os glúteos mexiam para lá e para cá,
revelando a marca da pequena peça íntima que se tornava mais sensual em minha
mente do que realmente era. O Salto alto definia mais ainda a sensualidade. Eu
via a cinturinha de pilão, comparada ao quadril, era fenomenal. Seu perfume
impregnava em minhas narinas e o aroma da alcova nos deixou em estado de frenesi, como se os deuses estivessem nos introduzindo a um clima que somente os apaixonados
conseguem, por não terem se acostumado ao corpo alheio.
Ali, começamos a nos beijar
fervidamente. Ela estava de pomba gira e eu de falo enrijecido, o poderoso
Dionísio. Era um clima que há muito não tínhamos. Esquecemos nossos cônjuges e
nos concentramos nos beijos, que foram ávidos; nossas línguas serpenteavam no
ardor da paixão e o desejo aumentava gradativamente. Nossos hálitos se
misturando, nossas mãos frenéticas acariciando um o corpo do outro com precisão, chega a respiração descompassava cada vez mais...
Ela sabia ser sensual. Virou-se. De
costas para mim dançava uma dança de privê renomado, e os glúteos volumosos
roçavam meu membro. Meus olhos fitavam o espelho a frente, enquanto, ela, com
olhar sex, virava a cabeça para trás, deixando que os cabelos ralassem meu
peito nu, lançava-me olhar de felina que dizia "hoje eu te quero
tesudo". Olhava de soslaio e novamente me fitava no espelho, sabendo exatamente o que aquilo faria comigo. Gostava de se
demonstrar quando estava no cio e me ver arredio como um tordilho indômito. E eu pirava
naquele presente inefável de Afrodite.
Meti a mão na pélvica e levantei o pequeno
vestido rubro, onde vi a peça íntima da mesma cor, pequena, sensual, que até
dava para ver a parte onde as carnes são divididas, róseas. Ela abaixava e
subia rebolando no meu falo duro. Quando se virou não deu tempo para nada. Foi
tudo muito rápido. Levantei o vestido, ela abaixou minhas calças, segurou o meu
membro rígido e eu introduzi meus dois dedos na vulva úmida dela. Escutei um ahhhh
de prazer, pois minha boca suspirou e eu senti seu hálito divino mais uma vez.
Joguei-a na cama, abaixei o decote e os seios macios pularam para fora,
mostrando os bicos claros; segurei-os com força tamanha e eles sobraram em
minhas mãos, de fartos que eram; tirei a peça íntima e escanchei a carne, onde
a fenda se abriu, aromática como Vênus. Beijei e mordisquei de leve lindos os mamilos e eles
ficaram enrugadinhos. Desci mais e mais alcançando a fenda e a chupei
ternamente por um bom tempo, enquanto ela me enforcava com as pernas grossas, como que se não estivesse aguentando tanto prazer.
Quando eu não estava mais suportando
vê-la naquele estado de frenesi descontrolado, introduzi o meu membro com
sofreguidão nela e ele deslizou para dentro da vulva com uma facilidade
incrível, tal era a umidade cálida que a vagina possuía no momento. Entrei e saí
com força. Ora roçava a glande nos grandes e pequenos lábios, que agora estavam vermelhos,
masturbando-a; ora introduzia até o talo para que sentisse os meus púbis
raspando a porta da caverna, enquanto ela parecia um frango de pernas abertas. Os meus púbis roçavam mais seu clitóris quando eu esfregava com
o pênis todo dentro da cona, dando-lhe um prazer indescritível. Minha língua
percorria o pescoço, uma mão segurava em um dos seios e a outra vinha por trás,
segurando as nádegas, apalpando, apalpando até encontrar a fenda. Um dedo
entrou com príapo e tudo, depois ele começou acariciar o clitóris com a
delicadeza que as estocadas não tinham. E ela, apaixonada, louca de prazer
exclamava:
- Ahhhhh! Ai amor! Ai amor!... Fode!...
Fode com essa rola gostosa a sua boceta. Arromba, amor! Gostoso! Me dá mais
desse pau, por favor. Eu te amo!
Cavalheiro do jeito que sou, ouvindo
seu pedido frenético, obedeci com sofreguidão de cavalheirismo.
De repente, senti molhar mais do que o
normal. Minha mão estava empapando, empapando mais e mais. Não sabia o que era.
Só sabia que era gostoso. Meu precioso deslizava com uma facilidade nunca sentida
antes. Introduzi um, dois, três dedos juntamente com o meu membro, enquanto ela
bramava de prazer, contorcendo-se para trás, arranhando ora as minhas costas
ora os lençóis. Estávamos ensandecidos de prazer. Toquei o colchão e ele também
estava ficando em sopa. Assustado, porque nunca havia acontecido aquilo comigo,
tirei meu membro de súbito, vi-o molhado e perguntei:
- Que porra é essa? - Porque percebi
que havia uma possa redonda no colchão. - Você está mijando? - Perguntei.
Ela estava sem o controle da fala,do próprio corpo, as pernas tinham pendido, a exaustão estava visível e ela não parecia mais o
franguinho de pernas abertas tão gostosinho que tinha me levado às nuvens, pois procurava uma posição que desse mais
conforto para seu cansaço.
- Gozei, amor. - Conseguiu dizer,
finalmente.
- Você gozou? - Perguntei incrédulo.
Ela se limitou em me dizer "unhum".
Não disse nada e nem quis estragar o clima em que estávamos, mas em meu íntimo
havia uma incredulidade maior do que a de São Tomé. Tanto que fui embora pensando
que ela tivesse urinado, mas, depois de um ano de separação, ela afirmou que
naquele dia realmente teve um orgasmo, que tinha conversado com o seu ginecologista
a respeito e ele dissera que fora o
ápice do prazer, que não havia métodos específicos para que aquilo acontecesse.
Depois me disse que foi o melhor orgasmo que teve em sua vida e não iria
esquecer de mim nunca mais. Agora quem sou eu para duvidar, sendo que não havia
motivos para mentir nessa altura do campeonato?
Mênfis Silva