Quanto espasmo eu senti do teu corpinho?
Perdi as contas, querida deslumbrante!
Aprisionado por teu ser amante
Perdi o lume, a visão e até o caminho.
Entreguei-me à flor, flor com muito espinho,
Uma flor que julguei ser diamante,
Um sacrário formoso, aconchegante,
Com suor escorrendo como o vinho.
E as vozes trêmulas de dois humanos
Perderam-se no espaço, no passado,
Mas paralelamente vive ainda.
Tremendamente estranho é perder planos:
O vazio se torna num bocado
De palavras não ditas, como: Linda!
30/01/2014 12h43