terça-feira, 17 de março de 2015

Parabéns!

Para Diogo Queiroz

Os meus parabéns são sinceros, Diogo!
Desejo pra ti muita paz, harmonia,
saúde, churrasco, cerveja alegria,
dinheiro, xaninha - e que venha com fogo,
amor e paixão que te peçam com rogo
o teu coração, e que possas, sim dar...
Um trampo que possa o teu ego elevar,
o rock firmeza, também mil améns...
Meu truta, desejo pra ti, parabéns!
Cantando o galope na beira do mar.

Desejo que o porco não caia de novo
e faça vexame pra sua torcida;
meu velho num 'guenta, mas fecha-se à vida,
nem diz que levou u'a porrada no ovo;
porém, meu amigo, ao dizer me comovo...
Que ao ver as porquinhas que temos que amar,
seus glúteos formosos podemos fitar:
nem quero dizer das gostosas peitolas,
atiçam meus sensos até os das bolas,
cantado o galope na beira do mar.

Desejo que tua cultura evolua,
que pintes, despintes com cores o mundo,
que leves ventura até mesmo pra o imundo,
que chora sozinho, pedindo pra lua
lhe dar menos chifres; que o povo da rua
te veja – um artista – que sabe pintar
o triste, o contente e que sabe brincar,
que cada ano passe com muita alegria,
que os anos te tragam mais sabedoria,
cantando o galope na beira do mar.

O meu desabafo vem cheio de amor,
porque amo demais ter a tua amizade
e, vamos dizer, cá, com sinceridade,
galinha que é preta merece o fedor
de gols, de derrotas, de botas... pra dor
no lombo corcunda pra nos alegrar.
Só quero, Diogo, fazer-te lembrar:
das brejas que juntos tomamos felizes,
que juntos curamos fatais cicatrizes,
cantando o galope na beira do mar.

Então, neste dia eu desejo que esqueças
das dívidas, lutas, amores perdidos,
dos chefes malditos e tão corrompidos,
que pelo o poder perdem suas cabeças,
das dores sentidas, amigo, obedeças,
e corra sorrindo só para abraçar
a tua coroa e qualquer familiar
e diga: - Mamãe, obrigado por tudo!
Eu sou desenhista – por ti – sou sortudo!
Cantando o galope na beira do mar.

17/03/2015 14h18

Talvez a Esperança...

Às vezes, na vida, passamos sufocos,
Perdemos as contas das humilhações,
As contas - milhares - no lombo, vergões,
As tapas, porradas, no rosto mil socos,
Desdém, desamor, os descasos sem trocos,
Das vezes que o tudo não é salutar...
São tantas lições, nem podemos falar
Das coisas injustas de vis roubadores
E nós nos calamos sentindo os horrores,
Cantando o galope na beira do mar.

Não temos sequer o direito das dores,
Das lágrimas tristes, sozinhos à noite,
Porque nos consome a injustiça do açoite,
Então, não contamos a amigos, senhores,
Senhoras sabidas que têm seus valores,
Porque eles também necessitam chorar.
Aí nós pensamos só em naufragar.
Talvez a esperança nos puxe pra cima...
Sei lá de onde vem a coragem e a estima,
Cantado o galope na beira do mar.