quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Egoísta


Entre a farsa da novela
e o átimo único de amor,
prefiro ver a gamela
recheadinha de flor.

Entre o lirismo do vate
e a hostil dissimulação,
há um vil pedido de "vá-te",
engodando o coração.

Entre a síndrome do pânico
e o sorriso fotográfico
há um poder louco, titânico,
boêmio, quase fanático...

E tudo é puro egoísmo,
ceticismo do farsante;
mas na gamela há o lirismo
de um Alguém que é muito amante.

3/07/2013

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