sexta-feira, 27 de abril de 2012

Amadurecimento


A graça da Plenitude,
um dia eu também a tive.

Foi tremendo, foi ligeiro...
E o sorriso transbordava.
Mas, porém, nunca faceiro,
mentiroso ou em declive.

Hoje o bardo sabe ver
esta vida com minúcia:

São canteiros, obras raras,
as estrelas, sol e flores,
mar e vento, mil odores...
Porque tem em si astúcia.

Ante o Tempo, ninguém vence!
Sobra um tanto de esperança...

E ao olhar para o passado
vejo: foi-se a Plenitude,
a candura de virtude...
Quis pegar, porém não pude!
E eu deixei de ser criança.

06/11/09 14h43

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