quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Soneto do Desesperado


Bramando no silêncio da madruga
eu pranteio sozinho a solidão,
esperneia a minha alma de aflição
e o coração implora que quer fuga.

Incomplacente, nasce muita ruga
e muitas cãs em plena escuridão,
onde meus pensamentos vêm e vão,
procurando fugir de quem me suga.

A Ansiedade insana é a grande mestra
que se intitula a dona desta orquestra
que só toca a tristonha sinfonia.

E eu me embalo no cântico da morte
que não tem caridade e nem suporte,
nem sequer o raiar de um novo dia.


07/09/2012 5h47

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