terça-feira, 17 de março de 2015

Talvez a Esperança...

Às vezes, na vida, passamos sufocos,
Perdemos as contas das humilhações,
As contas - milhares - no lombo, vergões,
As tapas, porradas, no rosto mil socos,
Desdém, desamor, os descasos sem trocos,
Das vezes que o tudo não é salutar...
São tantas lições, nem podemos falar
Das coisas injustas de vis roubadores
E nós nos calamos sentindo os horrores,
Cantando o galope na beira do mar.

Não temos sequer o direito das dores,
Das lágrimas tristes, sozinhos à noite,
Porque nos consome a injustiça do açoite,
Então, não contamos a amigos, senhores,
Senhoras sabidas que têm seus valores,
Porque eles também necessitam chorar.
Aí nós pensamos só em naufragar.
Talvez a esperança nos puxe pra cima...
Sei lá de onde vem a coragem e a estima,
Cantado o galope na beira do mar.


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