domingo, 21 de outubro de 2012

Lira Ardente


A lira ardente do poeta triste,
que anela tanto o fervilhar de amor,
promove à diva o senhoril em riste
até a alvorada com feral calor.

A deia sente a proteção sem dor;
cobrindo o corpo, o coração resiste
a lira ardente do poeta triste,
que anela tanto o fervilhar de amor.

Por que o poeta a conquistar persiste
a diva fria que não lhe é fautor?
Tal passarinho que ao bicar o alpiste
se sente alegre ao demonstrar o amor;
a lira ardente do poeta triste...

11/09/2012 4h05

2 comentários:

  1. Uma “conversa”... Que se reveste de um tom de obsecração.

    Gosto ESPECIALMENTE.

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